21/03/2015

A CAMINHO DA SÃO SILVESTRE... OU QUASE #17

 E é amanha. Amanha eu e mais 39999 pessoas vamos estar do outro lado do rio cheios de pressa para o atravessar e chegar a este lado de cá sãos e salvos.
Se estou nervosa? Não! Se estou bem preparada? Não! Se estou ansiosa? Sim! Se estou com vontade de chegar ao fim? Sim! Muito! Mas agora que cheguei a casa e olhei para os dorsais que nos entregaram reparo que um termina com o ano em que nasci e o outro no ano em que o João nasceu... deve querer dizer qualquer coisa não?




Mas este texto mudou desde o momento em que o comecei a escrever. Ao inicio, uma amiga, uma querida amiga estaria num país Europeu a divertir-se com um grupo de amigas. Despreocupada. E agora, agora sei que vem a caminho de Lisboa porque o seu pai, o seu exemplo de homem, o seu porto seguro partiu sem aviso. Prematuramente.
E eu confesso-vos que se lixe a ponte, que se lixem os 7 kms ou os 21 quando é necessário pensar que há toda uma vida para viver sem um dos nossos pilares. Se hoje eu sei que não estou preparada para os 7kms que me esperam amanha ainda de forma mais consciente sei que hoje há uma amiga que sofre e que eu nada posso fazer para atenuar cada dia que ela viverá sem o seu pai.

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