26/01/2015

1Q84 - A TRILOGIA

Eu gosto de ler. Na verdade eu gosto muito de ler. Sempre gostei.
Nunca tal me foi imposto por pais ou educadores. Sempre o fiz de livre e espontânea vontade. E em miúda lembro-me de olhar para as estantes lá de casa e pensar que um dia ia ler todos aqueles livros... não o fiz. 
Nos tempos que correm deixei-me deslumbrar por um aparelhinho, versão mini, branco e fofinho e as minhas noites outrora a ler foram sendo substituídas por pesquisas e pesquisas infindáveis (não eu não uso o meu mini icoiso para ler livros... odeio essa ideia). E por reconhecer este facto é que uma das minhas resoluções para 2015 é voltar a ler mais. Voltar a ler porque sinto necessidade de voltar a escrever melhor (sim as coisas estão interligadas por muito que alguns digam o contrario). Voltar a ler porque me leva para locais da mente recônditos e por explorar. 
E é aqui que entra o 1Q84. Adiei a leitura desta trilogia, não porque tivesse receio de gostar, mas sim porque receava precisamente o contrario. Algo em mim me dizia que ia gostar, e muito. Verdade. Comecei a ler esta trilogia nas ferias, li os dois primeiros livros seguidinhos e li o terceiro até meio. Depois parei. Parei. Esperei e só terminei de o ler ontem. Sim, ontem. Porquê? Porque a verdade, e agora que penso nisso, adiei o fim. Morria de curiosidade em saber o que ia acontecer a Tengo e a Aomame mas não os queria abandonar. Não os queria deixar ali... nas paginas de um livro arrumado numa estante. Ontem disse-lhes adeus. Ou talvez um até já. Mas já tenho saudades.

1Q84 é até hoje a única trilogia que valeu a pena. A única em que não ficamos com a sensação de que o livro do meio é só para encher. A única em que faz sentido prolongar a narrativa.

Obrigada Murakami!





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