28/06/2014

ERA UMA SIMPLES IDA AO CINEMA

Decidimos ir ao cinema, sem planos e sem grande programação, para relembrar os velhos tempos de namoro. Como não tínhamos feito uma investigação prévia o filme foi escolhido em cima do joelho - O homem duplicado. Fomos embalados pelo facto da trama ser adaptada da obra homónima de José Saramago.
Chegámos à sala e a porta estava escancarada mesmo a pedir que entrássemos e nos sentássemos para usufruir do magnifico filme que havíamos escolhido. 
Entrámos e qual não foi o nosso espanto quando percebemos que o filme já havia começado... desceu em mim o mau feitio terrível que me assiste e fui em busca de alguém que me explicasse o que se estava a passar. Tropecei num senhor, ainda mais arrogante do que eu (e é difícil quando estou em modo mete nojo) e perguntei-lhe qual a explicação para um filme que estava marcado para as 22.10 estar a começar às 21.55. Resposta rápida "isso não é possível deve haver algum engano"... e lá fomos os dois rumo à sala de cinema numero 1.Chegados lá o senhor vocifera: "isto é o final da outra sessão, os senhores vieram muito cedo, deveriam ter esperado". O senhor não sabia que quando estou em modo mete nojo me devem falar de forma assertiva e pacifica pois caso contrário a coisa tem tendência a correr mal. Neste caso se ele me tivesse dito com ar de brincadeira algo do género: os senhores acabaram de assistir ao final do filme, vieram um bocadinho cedo" eu ter-me-ia rido e pedido desculpas, mas não. Aquelas palavrinhas ditas daquela maneira e com aquele ar (de quase tão mete nojo como o meu) fez-me largar estas palavras nada simpáticas (assumo): "se calhar era da competência dos senhores terem a porta fechada, porque uma vez que não havia nenhum funcionário junto à mesma nem perto (porque importante mesmo é terem todos os funcionarios a venderem pipocas e porcarias que fazem com que a vossa margem de lucro seja gigantesca) para evitarem situações ridículas como esta!
Claro que seria pedir muito que ele se calasse e continuou: Mas isso foi alguém que saiu do filme a meio e deixou as portas abertas (aqui desconfiei que ele fosse da família da Maia dado o grau de adivinhação demonstrado) não temos culpa. Ao que eu respondi: se calhar deveriam era ter um gerente capaz de maximizar os recursos que têm em vez de estarem em grupinhos a conversar (a azia do senhor em causa vinha devia estar intimamente relacionada com o facto de eu ter interrompido a amena cavaqueira em que estava com mais dois funcionários à entrada dos cinemas) e situações como estas não aconteceriam. Bastava que alguém fizesse uma ronda esporadicamente. Ele com ar muito ofendido respondeu-me: Eu sou o gerente! 
Eu apenas olhei para ele, coloquei o meu maior sorriso e disse: "obrigadíssima" e voltei para a sala de cinema.

nota - este filme entra directo para os 10 piores filmes da minha vida (e arrisco mesmo dizer que estará em primeiro lugar)


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