Pois que não se pode festejar umas graminhas a menos que o senhor Karma (esse gajo chato e invejoso) se encarrega logo de me dizer: "minha menina não comemores muito porque a vida não são apenas alegrias"... e hoje foi mesmo um daqueles dias em que deveria ter ficado fechada, sugadita a fazer o que de melhor eu faço - trabalhar!
Depois do meu carro ter voltado a ter um "xilique" e ter parado em plena rotunda. Sim que se é para parar é para ser num sitio terrivelmente mau sobre todos os pontos de vista. Certo é que nestes casos até dá algum jeito ser mulher e surgiu logo um senhor muito simpático que se prontificou a empurrar o carro para a berma. Avisei logo que ja tinha chamado o senhor meu marido e que ele vinha a caminho mas que agradecia muito a sua ajuda. Dei à chave de todas as maneiras e mais algumas que o dito senhor me sugeriu e nada... pois que mal ouvi o barulho da mota do senhor que mora lá em casa e dou à chave não é que o estupor do carro ligou para nunca mais (bem na verdade nunca é uma palavra que não uso e muito menos nestas circunstancias) se desligar por auto recriação.
Isto era o sinal do senhor a tentar dizer-me: Sara não saias, sara volta para trás,..." mas não. Aqui a ingénua e vá um nadinha (muito) burra lá foi alegremente à procura de um caril que me disseram ser XPTO/Z.
Entrei na maldita loja no Martim Moniz com uns óculos ray ban, acabadinhos de retirar, pendurados na gola da t-shirt e saí de lá quase ceguinha pois o sol encadeava-me e os óculos desapareceram para nunca (outra vez a palavra nunca, mas aqui estou quase certa de que bem aplicada) mais os ver. Voltei a trás e claro... a maluca era eu porque ali ninguém viu óculos alguns.
Juntemos a isto que tive de ir pôr gasóleo no carro e perante uma fila infindável dou por mim rodeada de embalagens do demo, chocolates de todas as cores, feitios e sabores, bolachas, bolachinhas e refrigerantes e eu só pensava "dava para voltarmos às bombas do antigamente que apenas tinham porcas, parafusos e óleo para os carros?".
Por tudo isto desconfio que me devo ter cruzado com um gato preto enquanto dormia... porque há dias que mais parecem noites e em que se deveria simplesmente dormir.