15/01/2014

O MEU PAI CHOROU, EU CHOREI E ELE TAMBÉM.

Não sei se é uma característica apenas portuguesa, deste fado que é nosso, mas somos um bocadinho (muito) dados ao exagero. Quando gostamos amamos, quando gostamos menos, odiamos. Criticamos quando determinada pessoa vai contra os nossos princípios, idolatramos quando nos revemos nos seus gestos. E foi isso que aconteceu no dia 13 de Janeiro de 2014.
Ronaldo, o miúdo de origens humildes, que com o seu trabalho, com o seu esforço, chegou onde poucos ousaram sequer sonhar, quebrou. Mostrou que é humano, que também ele fica sem palavras quando se emociona. 
Naquele dia, o génio da bola voltou a ser um miúdo. Ficou exposto perante o mundo. Tivesse ele umas chuteiras nos pés e veríamos a intensidade das suas emoções, mas não. Ali, perto do seu filho, olhando de frente para a mãe e tendo a namorada e irmãos ao alcance da sua visão periférica, Ronaldo desceu do pódio onde só aos grandes é permitido estar, e cedeu
Era esta dimensão humana que faltava para todos cairmos aos seus pés e lhe agradecermos o que tem feito por nós.
O Ronaldo já não cabe na ilha que o viu nascer, já trasvaza as fronteiras do nosso pequeno país, ele é do mundo. Porém, naquele dia, ao expor a sua família, as suas raízes, o seu filho, ao falar em português, ele fez com que um país inteiro sorrisse, chorasse e o idolatrasse.
No dia 13 de Janeiro de 2014 o meu pai chorou, eu chorei e ele… também!








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